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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Gayatri Mantra


"Um dos mais poderosos mantram, detentor de grande respeito e considerado o mantra da iluminação, é o Gayatri.
Na Índia conta-se que um jovem meditador chamado Manu buscava a iluminação. Ele fazia todas as práticas de yoga, mas não tinha o menor interesse em ler ou estudar os livros sagrados. Era perito em exercícios respiratórios, posições físicas, meditação e concentração, mas não gostava de ler, o que incomodava seus gurus.


Um dia, numa prática meditativa, Manu foi visitado pela deusa Indra, que já há muito observava as práticas do jovem. Indra disse a Manu:
— Suas práticas de yoga e sua busca pela iluminação me despertam a compaixão por ti e te ajudarei em tua busca. Pede-me o que desejares.
Manu, assombrado pela presença de Indra, fez-lhe uma reverência, inclinando-se, e disse:
— Permite-me conhecer todos os mistérios dos textos sagrados sem que eu os leia ou estude, pois minha natureza é a de praticante, e não a das teorias contidas nos livros.
Indra, perplexa, riu diante do pedido e disse a Manu que seria impossível:
— Manu, pede-me outro desejo, pois até hoje nenhum ser atingiu a iluminação sem antes estudar os textos sagrados. É como um homem que queira, jogando pedras sobre o mar, aterrá-lo. Isso é impossível como também é impossível conhecer os textos sem lê-los. Pede-me outra coisa, Manu.
Manu respondeu:
— Se é assim, nada desejo, pois somente a iluminação é a minha meta. Não me interesso por nenhuma riqueza ou honra deste mundo.
Indra, feliz por reconhecer a humildade do jovem Manu, recuou em suas convicções e disse-lhe:
— Manu, por tua pureza e busca sincera, dou-te um mantra que, praticado, permitirá que alcances a iluminação sem dominar os textos.
E Indra ensinou o Gayatri Mantra:

Om Bhúr Bhuva Swáhá
Tat Savitur Varenyam
Bhargo Devasya Dhimahi
Dhyo Yo Nah Prachodayat.

O Gayatri é, portanto, o Mantra da Iluminação, considerado por vários sábios o mais completo e poderoso que podemos praticar. Ele é total — atua desde os aspectos mais sutis do ser até a matéria.
Outro mito conta que numa reunião de vários sábios na Índia criou-se esse mantra, que é chamado de “Mãe dos Vedas”, pois ao praticá-lo adquire-se todo o conhecimento dos textos sagrados e se acumulam méritos — karma positivo. Em suas sílabas está contida toda a essência da mística e filosofia hindu, na qual destaco:
Jnaña Yoga – o conhecimento da sua eternidade e o abandono do impermanente;
Bhakti Yoga – devoção a todos os elementos da natureza, já que o Gayatri contém em suas sílabas elementos como fogo, ar, água, terra, homens, animais, sol, lua, estrelas etc;
Karma Yoga – que dá consciência de nossa interdependência com todos os seres vivos e nossa responsabilidade de deixarmos o planeta em paz.

Cada sílaba do Gayatri contém um significado místico:

Om – a mãe/o pai de toda a eternidade;
Bhúr – a mãe Terra, o planeta Terra, o plano físico;
Bhuva – o éter, a atmosfera, o plano astral;
Swáhá – o céu, os planos não-materiais celestes, conhecidos como angélicos ou devas;
Tat – “aquele”, nossa alma, a transcendência do ilusório e do triunfo;
Savitur – o poder da luz, o abstrato, a vida presente em tudo, a nutrição;
Varenyam – adoração por tudo;
Bhargo – a irradiação da consciência da vida, a eliminação dos maus karmas e o acúmulo de méritos;
Devasya – todos os seres, a nossa iluminação e a aceitação do que se é;
Dhimahi – meditação, domínio;
Dhyo – corpo, austeridade;
Yo – alma, consciência;
Nah – totalidade, criação;
Prachodayat – iluminação e compaixão.

     O iluminado Krishna diz no Bhagavad Gita:
     “Entre todos os sons e versos sagrados, eu sou o Gayatri”.

Significado

Bhúr, bhuva e swáhá são os três planos da existência. Na teoria védica das equivalências (bandhu), essa divisão tripartida do universo tem muitos níveis de significados. Refere-se aos três mundos: o infinitamente grande, o humano e o infinitamente pequeno; aos três gunas, ou às três qualidades da natureza: inércia, ação e equilíbrio (tamas, rajas e sattwa); ou ainda ao paralelo que existe entre as estruturas da consciência e da natureza. Ou seja, assim como é em cima, é também embaixo, o macrocosmo reflete o microcosmo. Savitur, o Sol, é o símbolo da consciência e ao mesmo tempo da kundalini. Faz-se o Gayatri Mantra para celebrar a existência e harmonizar-nos com o poder de transformação presente na natureza. Este mantra é um convite à contemplação da força que move o macrocosmo, o microcosmo e o homem.
Em uma viagem de peregrinação à Índia, tive acesso a este quadro, que será utilíssimo aos já iniciados nos mistérios e nas práticas mântricas.

Mantra (sílaba)
Cor
(das sílabas)
Shakti (deusa
do mantra)
Princípio cósmico (micro/macrocosmo)
Tat
Amarelo
Prahlãdini
Terra
Sa
Rosa
Pradhã
Água
Vi
Vermelho
Nityã
Fogo
Tuh
Azul
Visvabhadra
Ar
Va
Transparente
Vilãsini
Éter
Re
Branco
Prabhãvati
Olfato
Ni
Branco
Jayã
Paladar
Yam
Branco
Sãntã
Visão
Bha
Preto
Kãntã
Toque
Rgo
Vermelho
Durgã
Som
De
Lótus-vermelho
Saraswati
Fala
Va
Branco
Visvamãyã
Mãos
Sya
Dourado/ amarelo
Visãlesa
Genitália
Dhi
Branco
Vyãpini
Ânus
Ma
Rosa
Vimalã
Pés
Hi
Concha branca
Tamopahãrini
Orelhas
Dhi
Creme
Suksma
Boca
Yo
Vermelho
Visvayoni
Olhos
Yo
Vermelho
Jayãvahã
Língua
Nah
Cor-de- nascer-do-sol
Padmãlayã
Nariz
Pra
Lótus-azul
Parã
Mente
Cho
Amarelo
Sobhã
Ego/senso
Da
Branco
Bhadrarupã
Princípio criador
Yat
Branco, vermelho, preto
Trimurti
Três qualidades da natureza: Ação, inércia e equilíbrio



Uma prática adiantada de meditação é a união do mantra com o yantra do Gayatri.

  
Yantra é um símbolo ou mandala que representa algo, no caso, o Gayatri Yantra refere-se à iluminação.
Para praticar o Gayatri, sente-se com a coluna ereta e com o yantra colocado à altura de seu rosto, iluminado pela chama de uma vela. Visualize o centro do símbolo, evitando piscar enquanto mentaliza ou vocaliza esse mantra.
Os efeitos dessa prática se fazem sentir principalmente à noite.
Kalu Rinpoche, em seu livro The Dharma, diz: “Recitamos e meditamos sobre o mantra, que é o som iluminado, a fala da divindade, a união do som com a vacuidade. (...)Ele não possui uma realidade intrínseca, é simplesmente a manifestação do som puro, experienciado simultaneamente com sua vacuidade. Através do mantra, não nos apegamos mais à realidade da fala e do som encontrados no cotidiano, mas os experienciamos como sendo vazios. Então, a confusão do aspecto da fala de nosso ser é transformada na consciência iluminada”.

Pause o som do blog e aprenda a entoar este belo mantra:

sábado, 12 de novembro de 2011

Mantra Abba Nartoomid


Cabala - O Mantra ABBA NARTOOMID (Pai da Luz Eterna) - Pronúncia: Abaá Nartumide -  Da luz ilimitada do Ain Soph, o Nartoomid emana como um Poder de Luz Divina que pode se adaptar a uma miríade de sistemas relativistas de luz comum. 

Os pensamentos do Pai combinados com os trabalhos do Nartoomid como uma força magnificente interconectando os limiares do Alfa e Ômega de cada sistema de vida com o Sistema Divino da relatividade coletiva. 

O poder dessa expressão pode invocar energias que podem criar círculos de Luz Branca enviadas do Pai para aqueles que precisem de Energia de Proteção e Cura. 

Visualize raios de luz protetora vindo dos mundos superiores, a medida que chamamos ABBA (Pai). Eles atravessam as barreiras de luz comum para alcançar os necessitados, emanando raios de cores branco-amarelo-azul-violeta que penetram os reinos de criação entrelaçando círculos de diferentes magnitudes estelares. Como uma explosão inicial de uma estrela, esse poder unifica os mundos de nascimentos cósmicos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth


"Um dos 72 nomes de Deus na Cabala.
É a nível espiritual, a abordagem mais profunda sobre a ativação do Corpo de Luz em técnica e teoria. Traz inúmeros benefícios e curas, assim como rejuvenescimento, expansão da consciência, ativação da prosperidade, bílocação, etc ...
Repita esse Mantra todos os dias e em situações que sinta a real necessidade."

Hoje falaremos de mais um poderosíssimo mantra. Interessante saber sua função e praticar sempre. Só assim é possível se beneficiar de tamanha benção!
Bom fim de semana a todos!

O Mantra KODOISH, KODOISH, KODOISH ADONAI TSEBAYOTH (Santo, Santo, Santo é o Senhor, Soberano do Universo) - Pronúncia: Kodóich, Kodóich, Kodóich Adonói Tsabeyót, une todos os biorritmos do corpo (personalidade encarnada) com os ritmos espirituais do corpo do Eu Superior (Ajustador de Pensamento), de modo que todos os sistemas circulatórios operem como um batimento do coração cósmico. Deve ser feito para discernir entre as forças celestiais espirituais e as "negativas". 

A saudação ativa um padrão de ressonância com o Trono do Pai que as "forças negativas" não conseguem suportar quando cumprimentadas com esta saudação. Esta saudação é tão forte que as "forças negativas" não conseguem permanecer nem por um lapso de tempo na presença de sua vibração. 

O mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth cria distorções temporais-mentais-espirituais dentro de nosso corpo, que nos permitem crescer de um pequeno microcosmo ao nível próximo da Divindade. É a chave da transformação e a vibração central coordenando todas as vibrações com o veículo espiritual do Homem.

Pause o som do Blog e aprenda a entoar este mantra:

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um Mantra para Proteção



Digo sempre: "Fuuuuujam dos vampiros!".


Não os que mordem o pescoço, mas aqueles que nos sugam a energia vital e deixam-nos num estado de desânimo, apatia e exaustão. Que nos drenam as forças, a boa disposição e a alegria.

Se estiver perante uma situação negativa em que se sinta "vampirizado", e não tenha como retirar-se, proteja-se de uma forma simples e discreta:

Entrelace as mãos sobre a zona do estômago e visualize um círculo violeta à sua volta.

Diga (ou pense) o seguinte mantra:


"Helion Melion Tetragrammaton"


É um mantra de origem hebraica e invoca todas as letras do sagrado nome de Deus. Este é um mantra das mais fortes defesas contra espíritos inferiores, vampirismo energético e negatividades de todas as espécies.

Este poderoso mantra mágico limpa e protege a sua aura de energias indesejáveis.

Memorize-o para usar sempre que precisar (ou escreva num papel para depois consultar).


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Esse mantra é tudo de "OM"!


O mantra mais importante de todos é o Om. Se diz que ele contém o conhecimento dos Vedas e se considera o corpo sonoro do Absoluto, Shabda Brahman. O Om é o som do Infinito e a semente que fecunda os outros mantras. A Mandúkya Upanishad começa dizendo que "o Om é o mundo inteiro. O passado, o presente, o futuro: tudo é o mantra Om". As Escrituras contam que o mantra Om, amplificado na caixa de ressonância do vazio primordial, se propagou até criar o espaço e as galáxias.

Segundo o Taittiriya Brahmana, foi a vibração, o movimento, o que engendrou os primeiros ritmos no cosmos. Alguns milênios depois, o professor Fred Hoyle, da Universidade de Cambridge, deu a essa primeira vibração expansiva o nome de big bang, a grande explosão inicial, a partir da qual começou a manifestação do Universo. Antes do big bang, a sede dos mantras é paramákásha, o espaço primigênio, o eterno e imutável substrato do Universo do qual, através da palavra, se manifestou a criação. O leitor seguramente conhece a afirmação do Evangelho segundo São João: "no início era o Verbo". E o Verbo era o big bang!

O Om é formado pelo ditongo das vogais a e u, e a nasalização, representada pela letra m. Por isso é que, às vezes, aparece grafado Aum. Essas três letras correspondem, segundo a Maitrí Upanishad, aos três estados de consciência: vigília, sono e sonho: "este Átman é o mantra eterno Om, os seus três sons, a, u e m, são os três primeiros estados de consciência, e esses três estados são os três sons" .

Escutar o mantra Om é como escutar o próprio Brahman, o Absoluto.
Pronunciar o mantra Om é como transportar-se à residência do Absoluto.
A visão do mantra Om é como a visão da própria forma.
A contemplação do mantra Om é como atingir a forma do Absoluto.

O yantra, o símbolo, é o equivalente gráfico do mantra. O mantra é a alma do yantra e este por sua vez funciona como uma ferramenta para concentrar a consciência sobre o princípio que simboliza. A imagem se sobrepõe à vibração e se funde com ela. O símbolo é a representação da fonte de todas as manifestações, a pulsação criativa que engendra os mundos.

Na Índia, o mantra Om está em todas partes, em todas as casas e comércios, pintado nos muros e carros, onipresente na paisagem. Hindus de todas as etnias, castas e idades conhecem perfeitamente seu significado. Ele ecoa desde a noite das idades em todos os templos e comunidades ao longo do subcontinente.


Formas de vocalização

Ao fazer mantras devemos nos sintonizar com o nosso próprio espaço interno, onde vibra o som, indo até a origem da vibração interna. Shúnya é o nada, o vazio, o espaço interior. E muito difícil ser 'filosófico' em relação aos mantras: trata-se muito mais de uma prática, do que de algo relacionado com especulação metafísica. O ponto de origem da vibração é o bindu. Na distância, esse ponto de origem parece apenas um 'ponto'. Fazer mantra significa voltar para o lugar onde se origina o som. Quanto mais nos aproximamos desse ponto, mais percebemos a importância da consciência do espaço interior, chidákásh.

1) A explosão, fazendo o Om forte, num golpe só, várias vezes a cada expiração. Essa explosão é como um flash. É uma das formas mais fortes de vocalizar.

2) O Om também pode fazer-se de forma contínua, rapidamente, muitas vezes a cada exalação.

3) Bem rápido, durante uma só exalação, tantas vezes quanto for possível.

4) Om contínuo, com a letra o bem curta, e o m bem longo: Ooommmmmmmm.

5) Om contínuo, com a letra o bem longa, e o m bem curto: Ooooooooooommm.

O mantra Om trabalha de diferentes maneiras para cada tipo de pessoa, pelo que não é aconselhável falar de um só tipo de efeito. É preciso ter consciência e controle da respiração. Focalizamos a atenção na vibração que o som produz dentro da cabeça. Por isso, a execução pode ser mais fácil, se se fizer em volume suave. O corpo permanecerá totalmente imóvel durante a prática.

Nenhuma forma de fazer o Om é errada, desde que o mantra se faça com consciência e intenção dirigidas e conhecendo o significado desse mantra. Porém, existe uma diferença enorme no efeito e no resultado dele, se levarmos em consideração alguns detalhes técnicos importantíssimos. Mesmo fazendo o mantra sem usar a técnica certa, não há perigo na vocalização. A diferença é que o resultado é inócuo ou muito inferior ao que poderia ser.

Como fazer a vocalização correta sem nunca haver escutado este mantra da boca de alguém que sabe realmente fazê-lo? O mantra se faz numa exalação profunda, e sempre em ritmo regular. O Om começa com a boca aberta, emitindo um som mais parecido com um a, mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som nasce no centro do crânio, se projeta para frente e vibra na garganta e no peito. Após alguns segundos de vocalização, a língua deve recolher-se para trás. Assim, aquele som similar ao a se transforma numa espécie de o aberto, que vai fechando progressivamente.

No final, sem fechar a boca, a língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o som se transforma em um m, que em verdade não é exatamente um m, mas uma nasalização. Essa nasalização se chama anunásika em sânscrito, que significa literalmente com o nariz, e deriva da palavra násika, que quer dizer nariz. Mais claro, impossível.

Quando o ar flui pelo nariz, expande a vibração para dentro do crânio, fazendo-a ressoar na hipófise e na glândula pineal, que se relacionam com os chakras da cabeça e que regulam entre outras coisas o ritmo da respiração e segregam numerosos hormônios como a melatonina e a serotonina, as chamadas "drogas de felicidade", que produzem estados duradouros de paz e alegria.

Neste ponto da vocalização, o som vibra com mais intensidade no crânio. Aconselhamos que você treine colocando uma mão no peito e a outra na testa para perceber como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.

Porém, se você prestar atenção à vibração que acontece durante a vocalização, perceberá que ao emitir a letra o inicial (que começa como um a, não esqueça), a nasalização do m já está contida nela. Ou seja, é um som que se faz com o nariz, e não uma letra m. Ao perseverar na vocalização, você sentirá nitidamente que a vibração se origina no centro da cabeça e vai expandindo até abranger o tórax e o resto do corpo. Em verdade, o mantra poderia grafar-se Aoõ. Resumindo, o Om começa com a boca aberta e termina com ela entreaberta, podendo, ao se fazer bem longo, fechar-se no final da vocalização. Essa técnica tem efeitos bem mais fortes que aquela que Van Lysebeth chama Om-peixe-vermelho-de-aquário.

Após a emissão do mantra, vem uma inspiração nasal prolongada e silenciosa na qual se deve continuar fazendo o Om, só que mentalmente. Isso é muito importante, pois assim você não interrompe o mantra. Fica então uma sucessão contínua de mantras verbalizados e mentais que têm a capacidade de absorver totalmente o pensamento. Deixe que o mantra respire sua voz, sua garganta, sua cabeça, seus pulmões e seu pensamento. Permita-se ser respirado pelo mantra, ao invés de apenas puxar o ar. Concentre-se no silêncio da inspiração e em como você percebe a vibração do mantra nesse silêncio.

O som de um mantra é muito mais que o 'eco' mental que acontece quando repetimos uma palavra um monte de vezes. É uma ferramenta transformadora. Ao vocalizar, procure localizar o ponto da vibração que produz o mantra. O som da sua respiração não é o ponto real da vibração do mantra: essa vibração se origina mais além. Em verdade, o som que você produz é uma extensão da vibração interna, que é muito mais sutil que a vocalização. Sinta o mantra ecoando na consciência e observe o espaço interior onde ele ressoa. Não pode haver tremor na voz na emissão. A nota musical em que se faz o som não interessa em absoluto. É aquela que resultar mais natural para você. Quando houver mais pessoas junto, todos devem tentar afinar.


Pause o som do blog e assista este vídeo:



quarta-feira, 23 de março de 2011

O Poder dos Mantras


OM ASATO MA SAD GAMAYA

TAMASO MA JYOTIR GAMAYA

MRITYOR MA AMRITAM GAMAYA

OM SHANTI SHANTI SHANTI

Tradução:

Da mentira, nos direcione à verdade
Da escuridão, nos direcione à luz
Da morte, nos direcione à imortalidade
Om paz, paz, paz

O que são Mantras?

Mantras são sons de poder. É uma seqüência de palavras, frases ou sílabas, que são extremamente valiosos quando entoados corretamente. Um dos mantras mais conhecidos é o OM. Podemos dizer também que são fórmulas métricas decompostas por meio dos sons, onde as palavras se juntam, formando frases e versos de profunda vibração.


A palavra mantra deriva da raiz "man" que significa mente ou pensamento. O sufixo “tra” quer dizer controle ou instrumental. Assim, mantra pode ser definido como o veículo ou o método para a liberação da mente, através do próprio poder ou controle mental.


Segundo vários textos clássicos o universo é formado por 50 vibrações-mães que, através do yoga, foram reveladas aos sábios e aos yogues num passado remoto. Essas 50 vibrações formam o "caminho dos sons cósmicos". Cada um dos mantras que o compõe é uma fórmula cuidadosamente preparada, atuando no universo interno ou externo.


Este potencial se origina diretamente das letras do alfabeto sânscrito. Como um reflexo grosseiro do sutil, essas letras-vibrações são inseparáveis da Consciência. 


O mantra é, acima de tudo, uma "forma física" concentrada composta de sílabas nucleares que têm propriedades energéticas correspondentes.
De acordo com os ensinamentos tântricos, um mantra é a própria manifestação do Absoluto em seu aspecto sonoro. O mantra pode ter duas características distintas: o que não vibra e só pode ser sentido pelo praticante de yoga cujos sentidos estão voltados apenas para o seu interior; e o que vibra e pode ser sentido e praticado por qualquer pessoa.

O mantra pode ser individual ou coletivo. No primeiro caso ele será transmitido de mestre para discípulo, dentro de um sistema de iniciação todo especial e secreto, não podendo, em nenhuma circunstância ser transmitido a nenhuma outra pessoa.


Quando impessoal ou coletivo, é praticado de diversas formas por uma ou mais pessoas.
Os mantras impessoais, ao contrário do individual, poderão ser praticados em qualquer local e a qualquer momento, embora para dar resultado alguns procedimentos devem ser observados.


Fonte: Texto “MANTRAS, SONS DE PODER” de Elisabeth Cavalcante



Aproveito para deixar para vocês este pensamento do Swami Chinmayananda:

“Vá devagar. Não há pressa. Não acredite cegamente. Questione cada declaração. O seu pensamento independente e entendimento são de importância fundamental. Só então o nosso conhecimento pode revelar quem somos.”


Ouça aqui a pronúncia correta do Asato ma Mantra: